sábado, outubro 11, 2008

"quando dois olhares francos se cruzam, nasce um sorriso"


"é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares..." (Pessoa)
Estou mesmo a precisar de uma mudança.
Não sei bem QUE mudança, mas deixar-me-ei levar.
Porque é essa a minha essência.
É tudo o que eu conheço.
Não controlo nada (nem quero!).
Sei apenas quem sou, o que quero - ser feliz! -, o que me apaixona, o que me realiza, encanta, desilude, revolta...
Acredito no amor, na verdade, na sinceridade, na natureza, num sorriso puro, no sonho.
E, por isso, acredito que estou no caminho certo, seja ele qual for.
Sei que as vezes que falhei, errei, magoei, não foi por falta de autenticidade.
Sei pedir desculpa, dizer "obrigada".
Sei que acredito demasiado nas pessoas.
Mas o dia em que assim não for, valerá a pena?
Sinto que nada é por acaso e é isso que me faz viver e entregar a 200%.
De corpo e alma.
Só assim!
"Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo." (Pessoa)
(estes 3 anos de pormenoridades ajudaram-me a crescer, a ver o mundo e as pessoas de uma forma mais ampla... esta foi mais uma experiência que valeu a pena! obrigada pelas partilhas!)

segunda-feira, outubro 06, 2008

Sinto-me de volta


Nada como a certeza de saber quem sou.
De poder olhar nos olhos, sorrir (ou não), e de ter esse olhar retribuído.
Directo, sincero, autêntico.
Voltei a questionar e ainda não tenho as respostas.
Mas já me sinto de volta.
Porque desistir não faz parte.
E porque acredito!
"What goes around, goes around, goes around
Comes all the way back around"

quinta-feira, agosto 21, 2008

sábado, agosto 16, 2008

Alguém não concorda?

As mulheres têm fios desligados

“Há uns tempos a Joana
- Pai, acabei um namoro à homem
(...)
o que me fez pensar como as mulheres são corajosas e os homens cobardes. Em primeiro lugar só terminam uma relação quando têm outra. Em segundo lugar são incapazes de
- Já não gosto de ti
de
- Não quero mais
chegam com discursos vagos, circulares
- Preciso de tempo para pensar
(...)
ou declarações no género de
- Tu mereces melhor do que eu
(...)
e aos amigos
- Dá-me os parabéns que lá me consegui livrar da chata
- Custou mas foi
(...)
e pergunto-me se os homens gostam verdadeiramente das mulheres. Em geral querem uma empregada que lhes resolva o quotidiano e com quem durmam, uma companhia porque têm pavor da solidão, alguém que os ampare nas diarreias, nos colarinhos das camisas e nas gripes, tome conta dos filhos e não os aborreça. Não se apaixonam: entusiasmam-se e nem chegam a conhecer com quem estão. Ignoram o que ela sonha, instalam-se no sofá do dia a dia, incapazes de introduzir o inesperado na rotina, só são ternos quando querem fazer amor e acabado o amor arranjam um pretexto para se levantar
(...) Lembro-me de um sujeito que explicava
- O maior prazer que me dá ter relações com a minha mulher é pensar que durante uma semana estou safo
(...) Meu Deus, que pena me dão as mulheres. Se informam
- Já não gosto de ti
se informam
- Não quero mais
aí estão eles a alterarem a agressividade com a súplica, ora violentos ora infantis, a fazerem esperas, a chorarem nos SMS a levantarem a mãozinha e, no instante seguinte, a ameaçarem matar-se, a perseguirem, a insistirem, a fazerem figuras tristes, a escreverem cartas lamentosas e ameaçadoras, a entrarem pelo emprego dentro, a pegarem no braço, a sacudirem, a mandarem flores eles que nunca mandavam flores, a colocarem-se de plantão à porta dado que aquela puta há-de ter outro e vai pagá-las, dispostos a partes-pagas, cenas ridículas, gritos. A miséria da maior parte dos casais, elas a sonharem com o Zorro, Che Guevara ou eu, e eles a sonharem com o decote da vizinha de baixo, de maneira que ao irem para a cama são quatro: os dois que lá se deitam e os outros dois com quem sonham. Sinceramente as minhas filhas preocupam-me: receio que lhes caia na sorte um caramelo que passe à frente delas nas portas, não lhes abra o carro, desapareça logo a seguir por chichi-sede-fome-persiana-mal-descida-e-os-ladrões-percebes, não se levante quando entram, comece a comer primeiro e um belo dia
(...)
- O problema não está em ti, está em mim
(...) Não tenho nada contra os homens: até gosto de alguns. Dos meus amigos. De Schubert. De Ovídio. De Horácio, de Virgílio. De Velásquez. De Rui Costa. De Einzenberger. Razoável, a minha colecção. Não tenho nada contra os homens a não ser no que se refere às mulheres. E não me excluo: fui cobarde, idiota, desonesto.
Fui.
(espero que não muitas vezes)
rasca. Volta e meia surge-me na cabeça uma frase de Conrad em que ele comenta que tudo o que a vida nos pode dar é um certo conhecimento dela que chega tarde demais. Resta-me esperar que ainda não seja tarde para mim. A partir de certa altura deixa de se jogar às cartas connosco mesmos e de fazer batota com os outros. (...) Uma amiga contou-me que o marido iniciou o discurso habitual
- Mereces melhor que eu
levou como resposta
- Pois mereço. Rua.
(...) A mesma amiga pra uma amiga sua
- O que faço às cartas de amor que me escreveu?
e a amiga sua
- Manda-lhas. Pode ser que lhe façam falta.
Fazem de certeza: é só copiar mudando o nome. (...)”


A. Lobo Antunes

sexta-feira, agosto 08, 2008

verdades

Há dias levei um chapadão valente.
Daqueles que nos põem sempre a andar à roda, quer queiramos quer não.

Nada que não esperasse.
Mas a constatação custa sempre.

É confiar e ligar ainda mais à minha intuição.
E continuar a saber quem sou!

sábado, agosto 02, 2008

Ilumina-me

"Gosto de ti como quem gosta do sábado,
Gosto de ti como quem abraça o fogo,
Gosto de ti como quem vence o espaço,
Como quem abre o regaço,
Como quem salta o vazio,
Um barco aporta no rio,
Um homem morre no esforço,
Sete colinas no dorso
E uma cidade p’ra mim.

Gosto de ti como quem mata o degredo,
Gosto de ti como quem finta o futuro,
Gosto de ti como quem diz não ter medo,
Como quem mente em segredo,
Como quem baila na estrada,
Vestido feito de nada,
As mãos fartas do corpo,
Um beijo louco no porto
E uma cidade p’ra ti.

Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.

Gosto de ti como uma estrela no dia,
Gosto de ti quando uma nuvem começa,
Gosto de ti quando o teu corpo pedia,
Quando nas mãos me ardia,
Como silêncio na guerra,
Beijos de luz e de terra,
E num passado imperfeito,
Um fogo farto no peito
E um mundo longe de nós.

Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me.
Enquanto não há amanhã,
Ilumina-me, Ilumina-me."

P. Abrunhosa



Não conhecia...

quarta-feira, julho 30, 2008

instantes...

Acho que tão cedo não me vou esquecer daquela imagem: a nossa pin-up girl a "esgadanhar" a caixa dos pacotinhos... à procura de sabe-se lá o quê.
No final, fomos acariciadas com o presente.
E a respectiva mensagem, adequada a cada uma, claro!


sábado, julho 26, 2008

whisper



Que lhe dirá ele?
E quem é que já o conseguiu fazer?
Oportunidades raras.
Tanta coisa que vai ficando por dizer...
As pessoas que nos marcam deveriam sabê-lo!
E cada um de nós gosta de saber-se especial.
Vale o reconforto de que o olhar tenha sido suficiente.
"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
F. Pessoa

quarta-feira, julho 23, 2008

quinta-feira, julho 17, 2008

Update


Foi assim o meu primeiro dia de praia deste ano... Figueira da Foz!
Entretanto, só me falta saber a nota de um exame. Os outros estão feitos com 14 (que me sabem a 20, tendo em conta que falamos de Direito...), ou seja, tudo indica que só fico mesmo com a tal cadeira que deixei para Setembro. Positivo!
Além de tudo o resto, continuo a conhecer pessoas.
O que é fantástico, porque só confirma não sei mesmo nada, realmente. Estou sempre a aprender, a descobrir, ...
Tenho sentido vontade de estar com algumas dessas pessoas, com outras nem tanto.
Faz parte.
Uma é especial.
Mal a conheço, provavelmente não irá passar daí, mas a sintonia existe.
As idades são bastante diferentes, mas há uma cumplicidade única e bonita. Rara, arrisco dizer!

sexta-feira, julho 11, 2008

Há quase 10 anos...

... que não vou a um casamento.

Período que se vai quebrar amanhã, por causa de uma amiga.
Momentos que valem a pena testemunhar!

domingo, julho 06, 2008

By the way...

Queria dizer-vos que já estou livre de uma das minhas maiores preocupações deste ano.
Mas não é assim.
Além de ainda não saber nenhuma nota dos exames deste segundo semestre, deixei o último para Setembro.
A cabeça já não conseguia acompanhar... ainda estive até à 1h a estudar, altura em que "se fez luz" e que percebi que não adiantava de muito continuar.
Senti que não iria conseguir escrever quase nada e que, portanto, era preferível parar por ali.

Não sei se fiz bem.
Claro que queria já estar livre e não ter de pensar mais nisso.
Só que, por outro lado, assim tenho tempo para descansar, brincar ao Verão, e depois, em Setembro, pegar nas coisas e lê-las com mais tempo.

A ver vamos...

segunda-feira, junho 02, 2008

always

Acompanhei pela Tv, mas deu para sentir a esmagadora energia deles e do público...
Lindo!

segunda-feira, maio 26, 2008

all I have to give

É por isto que continua a valer a pena!
Sim, se formos a traduzir a letra...
Mas a melodia está lá, a harmonia vocal, a elegância da coreografia...

sexta-feira, maio 23, 2008

Saturday morning


Confesso que era assim que queria passar o meu dia, amanhã.
Mas o dever chama!
Não vejo a hora de já estar a meio do mês de Julho, já sem exames...
Que é o mesmo que dizer que vou poder chegar a casa e não fazer nada, ler um livro, ver televisão, ouvir música, ficar no computador mais um pouco, voltar a sair, ir ao cinema, ir ver um espectáculo de música, de dança, de teatro... sem 'aquela' preocupação.
Por outro lado, acredito que este esforço valerá a pena.

Há-de ser recompensado um dia.
Até porque também tenho prazer em estar ocupada, em aprender mais alguma coisa.

No entanto, saber que estarei livre para poder estar com as pessoas que me são próximas é reconfortante. Tenho tantos cafés para pôr em dia... conversas para retomar ( e que, de qualquer forma, ficarão sempre pendentes, porque há sempre tanta coisa para dizer, para perguntar, ouvir, partilhar...).

E já preciso - precisamos! - de sol.
Muito sol! Muita luz!

Se assim fosse, se o tempo já estivesse mais quente e constante, provavelmente não estaria agora aqui, a escrever este post.
Teria ido jantar com os meus colegas da pós-graduação e, eventualmente, ainda teria estado um pouco também com alguns colegas de trabalho.

Gostava de dizer mais coisas, de contar novidades, de partilhar pensamentos, sentimentos, ...
Não sei o que se passa, mas a necessidade que tinha de o fazer, há uns tempos, e que me trazia aqui constantemente - ou, pelo menos, mais frequentemente - já não é a mesma.
Posso dizer que há muito tempo que não me sentia assim, tão bem.
A minha alegria voltou e veio para ficar, mas mais saborosa.
Talvez por tê-la julgado perdida...
Cada vez mais, sinto que nada é por acaso, que há o momento certo para tudo, que vale a pena acreditar, sonhar, sorrir, correr atrás.
E tudo isso só faz sentido se estivermos em plena sintonia connosco próprios.
Conhecermo-nos, aceitarmo-nos e amarmo-nos é o ponto de partida para tudo o resto.
Como um dia alguém me disse, "o resto vem por acréscimo"!

Gostava de poder definir melhor o que estou a sentir, nesta fase.
A intuição parece mais "à flor da pele", o que às vezes assusta...
Os sentidos estão mais alerta: reparo mais nas pequenas coisas, nas pessoas, nos pequenos gestos, nas atitudes mais simples, nos olhares,... tento perceber o que não se diz.
Quantas vezes, quando vou trabalhar de manhã (umas vezes antes das 7h, outras antes das 6h), me dá vontade de parar o carro e fotografar o céu, que a cada dia tem um nascer do sol mais bonito e diferente do anterior.

Demasiado poético?
Só espero que compreendam.
Afinal, é para isso que este cantinho serve, assim como os vossos e tantos outros.
É para nos lermos e percebermos que somos todos iguais!


"Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes mas
não esqueço de que minha vida é a
maior empresa do mundo, e posso
evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale
a pena viver apesar de todos os
desafios, incompreensões e períodos
de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor
da própria história. É atravessar
desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da
sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios
sentimentos.

É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma
crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir
um castelo…”

F. Pessoa

sexta-feira, maio 16, 2008

E o gajo ainda respira?!

Não há compreensão, nem justificação possível ou punição suficiente para um crime destes... que, não acabando com a pessoa (mulher, na esmagadora maioria dos casos), mata-a para sempre!

sábado, abril 26, 2008

Se valeu!

















Corri, como já não me lembrava de fazer!
Ultrapassei muitas das pessoas que iam à minha frente.
O meu instinto levou-me até meio da segunda fila.
(Sim, porque meninas que pagaram bem para entrar antes do concerto, acabaram por já não sair e, por isso, ocupavam a primeira. Caso contrário, era eu quem lá tinha ficado...)
Antes disso, cheguei a Lisboa por volta das 19h45 do dia anterior.
Mas só fui para o Pavilhão Atlântico às 23h30.
Era o número 34.
Dormi lá, no meu saco-cama novo (quentinho!).
Bem, dormir foi só entre a meia-noite e tal e as 4h00.
Depois disso, não consegui.
Conversou-se, cantou-se – com direito a aplausos –, ouviu-se o “Unbreakable”.
A meio da manhã, fui à Pousada tomar banho e comer qualquer coisa.
(É que, durante todo este ‘processo’, perdi o apetite.)
Quando regressei, já se começava a formar uma fila.
A partir dali, foi tentar que o dia não custasse muito a passar.
Difícil, com tanto calor.
(Mas antes assim do que com chuva. Os deuses estiveram connosco, sem dúvida!)
Boné, protector solar, chapéu de chuva a servir de sombrinha, aproveitar sombra das árvores e dos postes de iluminação (os das bandeiras também).
Conversa para aqui, conversa para ali.
Sentar, levantar, mudar de posição.
O mais complicado é não saber se todo aquele esforço será compensado, porque é uma situação que não se controla.
Estamos ali há horas, desde a noite anterior, e não sabemos se vamos ficar num bom lugar, não podemos prever se aquelas pessoas que ali estão se vão 'passar' da cabeça.
Medo!
Houve uma altura em que as coisas se descontrolaram.
Estávamos numa entrada e, de repente, desatou tudo a correr para a outra porta.
Óbvio que ninguém queria cumprir a ordem anterior.
Gritos, insultos, nervos à flor da pele.
Felizmente, tudo se veio a resolver.
As meninas que organizam a lista, e que lá estavam na véspera quando cheguei, já têm alguma experiência nestas coisas e conseguiram conduzir a situação.
Com a preciosa ajuda dos seguranças, que assim que chegaram – demasiado tarde, na minha opinião – impuseram-se, mostrando respeito pela tal lista.
Deu para acalmar e pensar que ainda há pessoas justas e que nem tudo (quase!) funciona mal em Portugal.
A contagem decrescente foi dolorosa.
O sol estava mesmo muito quente.
Muitos escaldões!
O Parque das Nações estava “à pinha”.
Os acordes do soundcheck ouviram-se mais tarde do que o previsto.
Voltou o friozinho na barriga.
A última hora foi a que custou menos, por incrível que pareça.
Por volta das 18h30, abriram as portas.
Passagem pelos seguranças, registo do bilhete.
Tive sorte!
Que bom senti-lo e dizê-lo.
Valeu a pena a espera, o esforço, o cansaço, a ansiedade!
Fantástico, para quem esteve sempre nas bancadas – em 1998 e em 2005 –, vê-los assim tão perto.
Poder sorrir-lhes e estabelecer contacto visual.
Cantar, fotografar.
E curtir MUITO!
Obrigada aos Backstreet Boys, por não se esquecerem de nós!
Sei que somos um público especial!
P.S. » Não andei a ‘espalhar’ por aí que ia ao concerto, mas a quem me perguntava, claro que respondia. Continuo a sentir preconceito por parte das pessoas, aquela sensação de que nos tomam por “coitaditas”. Não consigo traduzir. Mas também sei de pessoas que até gostariam de lá ter estado...