... esta música!
"Home
(...)
Maybe surrounded by
A million people I
Still feel alone
I just wanna go home
(...)
And I feel just like I’m living someone else’s life
It’s like I just stepped outside
When everything was going right
(...)"
Michael Bublé
Porque o essencial, o que realmente importa, está nas coisas mais simples. pormenoridades@gmail.com
domingo, julho 30, 2006
sábado, julho 29, 2006
O Guardador de Rebanhos
"I
(...)
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
(...)
XXVIII
(...)
E ri como quem tem chorado muito.
(...)
XLVIII
(...)
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.
(...)
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.
(...)"
Alberto Caeiro
(...)
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
(...)
XXVIII
(...)
E ri como quem tem chorado muito.
(...)
XLVIII
(...)
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.
(...)
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.
(...)"
Alberto Caeiro
quinta-feira, julho 27, 2006
Vendo bem...
Férias, afinal!
É verdade:
- 1 dia por causa daquela semana em que trabalhámos quase ininterruptamente, para a abertura da loja;
- 3 dias, propriamente ditos;
- 4 folgas (2 antes e 2 depois)...
... ou seja, ao todo são 8 dias!
(Provavelmente não irei para lado nenhum, mas pronto.)
- 1 dia por causa daquela semana em que trabalhámos quase ininterruptamente, para a abertura da loja;
- 3 dias, propriamente ditos;
- 4 folgas (2 antes e 2 depois)...
... ou seja, ao todo são 8 dias!
(Provavelmente não irei para lado nenhum, mas pronto.)
quarta-feira, julho 26, 2006
poema
"Onde pus a esperança, as rosas
Murcharam logo.
(...)
Onde pus a afeição, secou
A fonte logo.
(...)
P'ra quê, pois, afeição, esperança,
Se perco, logo
Que as uso, a causa p'ra as usar,
Se tê-las sabe a não as ter?
Crer ou amar -
Até à raiz, do peito onde alberguei
Tais sonhos e os gozei,
O vento arranque e leve onde quiser
E eu os não possa achar!"
F. Pessoa
Murcharam logo.
(...)
Onde pus a afeição, secou
A fonte logo.
(...)
P'ra quê, pois, afeição, esperança,
Se perco, logo
Que as uso, a causa p'ra as usar,
Se tê-las sabe a não as ter?
Crer ou amar -
Até à raiz, do peito onde alberguei
Tais sonhos e os gozei,
O vento arranque e leve onde quiser
E eu os não possa achar!"
F. Pessoa
Insónia
O meu dia-a-dia tem sido indesejadamente resumido: casa - trabalho - casa.
Não voltei à dança.
As folgas tenho-as passado em casa.
Pior do que isso: em casa limito-me a ver televisão e pouco mais.
Agora, recuperei alguma vontade de colocar as minhas leituras em dia, mas até aqui nem isso!
Ah, escusado será dizer que tenho comido além do devido.
(Se não melhorar, em Setembro tomarei medidas mais drásticas!)
Enfim, nada se passa.
Nada de bom, de positivo e motivador, entenda-se.
Para acrescentar, regressaram as noites mal dormidas.
O que se nota pela hora a que escrevo...
(E não, não é o calor!)
Mais um ano assim, nesta angústia, nesta ansiedade.
Mais um ano em que tudo o que (não) consegui me deixa assim... nem sei bem como...
Não voltei à dança.
As folgas tenho-as passado em casa.
Pior do que isso: em casa limito-me a ver televisão e pouco mais.
Agora, recuperei alguma vontade de colocar as minhas leituras em dia, mas até aqui nem isso!
Ah, escusado será dizer que tenho comido além do devido.
(Se não melhorar, em Setembro tomarei medidas mais drásticas!)
Enfim, nada se passa.
Nada de bom, de positivo e motivador, entenda-se.
Para acrescentar, regressaram as noites mal dormidas.
O que se nota pela hora a que escrevo...
(E não, não é o calor!)
Mais um ano assim, nesta angústia, nesta ansiedade.
Mais um ano em que tudo o que (não) consegui me deixa assim... nem sei bem como...
segunda-feira, julho 24, 2006
Relações
"Jardins secretos
Um dos sonhos que mais acalentamos na infância é o de termos um espaço só nosso, bem afastado do olhar controlador do pai e da mãe. Para uns, este sonho passava-se no reino da imaginação e do faz-de-conta. Tomava a forma de um quarto secreto, digno das mil e uma noites, escondido por trás de um armário ou de um alçapão, e onde nos podíamos esconder sempre que nos apetecesse. Para outros, era mais real. Projectava-se numa casa de madeira, construída numa árvore bem alta onde os adultos nunca pudessem chegar. Ou então consistia num simples diário. Aquele livrinho a quem confiávamos pensamentos ou desenhos e que nos acolhia com a maior discrição, sem recriminações nem julgamentos.
Também na vida adulta, uma etapa em que tantas vezes já deixámos para trás sonhos, projectos e aspirações, em que sentimos o peso da rotina, das obrigações profissionais e familiares, há momentos em que damos por nós à procura de um oásis de tranquilidade, um refúgio onde possamos descansar. Um lugar só nosso, no meio do ruído do mundo, não é fácil de descobrir. Mas será que em cada um de nós não existe um espaço, mais ou menos concreto, onde podemos ficar temporariamente sós, e onde vamos buscar as forças para continuarmos a avançar? No fundo da nossa memória, do nosso passado, do nosso coração, não existem esses locais que continuam a fazer-nos sonhar? (...)"
Cláudia Freitas
(in Revista Xis, suplemento do jornal Público nº 5953, de 15 de Julho de 2006)
Exemplo
"A Casa de Rubem Alves
Queria o jardim dos meus sonhos, aquele que existia dentro de mim como saudade. O que eu buscava não era a estética dos espaços de fora; era a poética dos espaços de dentro. Eu queria fazer ressuscitar o encanto de jardins passados, de felicidades perdidas, de alegrias já idas. Em busca do tempo perdido... Uma pessoa, comentando este meu jeito de ser, escreveu: 'Coitado do Rubem! Ficou melancólico. (...)' Não entendeu. Pois melancolia é justamente o oposto: ficar chorando as alegrias perdidas, num luto permanente, sem a esperança de que elas possam ser de novo criadas. Aceitar como palavra final o veredicto da realidade, do terreno baldio, do deserto. Saudade é a dor que se sente quando se percebe a distância que existe entre o sonho e a realidade. Mais do que isto: é compreender que a felicidade só voltará quando a realidade for transformada pelo sonho, quando o sonho se transformar em realidade. Entendem agora por que um paisagista seria inútil? Para fazer o meu jardim ele teria que ser capaz de sonhar os meus sonhos..."
Rubem Alves
(psicanalista, teólogo e escritor brasileiro)
Um dos sonhos que mais acalentamos na infância é o de termos um espaço só nosso, bem afastado do olhar controlador do pai e da mãe. Para uns, este sonho passava-se no reino da imaginação e do faz-de-conta. Tomava a forma de um quarto secreto, digno das mil e uma noites, escondido por trás de um armário ou de um alçapão, e onde nos podíamos esconder sempre que nos apetecesse. Para outros, era mais real. Projectava-se numa casa de madeira, construída numa árvore bem alta onde os adultos nunca pudessem chegar. Ou então consistia num simples diário. Aquele livrinho a quem confiávamos pensamentos ou desenhos e que nos acolhia com a maior discrição, sem recriminações nem julgamentos.
Também na vida adulta, uma etapa em que tantas vezes já deixámos para trás sonhos, projectos e aspirações, em que sentimos o peso da rotina, das obrigações profissionais e familiares, há momentos em que damos por nós à procura de um oásis de tranquilidade, um refúgio onde possamos descansar. Um lugar só nosso, no meio do ruído do mundo, não é fácil de descobrir. Mas será que em cada um de nós não existe um espaço, mais ou menos concreto, onde podemos ficar temporariamente sós, e onde vamos buscar as forças para continuarmos a avançar? No fundo da nossa memória, do nosso passado, do nosso coração, não existem esses locais que continuam a fazer-nos sonhar? (...)"
Cláudia Freitas
(in Revista Xis, suplemento do jornal Público nº 5953, de 15 de Julho de 2006)
Exemplo
"A Casa de Rubem Alves
Queria o jardim dos meus sonhos, aquele que existia dentro de mim como saudade. O que eu buscava não era a estética dos espaços de fora; era a poética dos espaços de dentro. Eu queria fazer ressuscitar o encanto de jardins passados, de felicidades perdidas, de alegrias já idas. Em busca do tempo perdido... Uma pessoa, comentando este meu jeito de ser, escreveu: 'Coitado do Rubem! Ficou melancólico. (...)' Não entendeu. Pois melancolia é justamente o oposto: ficar chorando as alegrias perdidas, num luto permanente, sem a esperança de que elas possam ser de novo criadas. Aceitar como palavra final o veredicto da realidade, do terreno baldio, do deserto. Saudade é a dor que se sente quando se percebe a distância que existe entre o sonho e a realidade. Mais do que isto: é compreender que a felicidade só voltará quando a realidade for transformada pelo sonho, quando o sonho se transformar em realidade. Entendem agora por que um paisagista seria inútil? Para fazer o meu jardim ele teria que ser capaz de sonhar os meus sonhos..."
Rubem Alves
(psicanalista, teólogo e escritor brasileiro)
quinta-feira, julho 20, 2006
Do lado de lá
"O par ideal
Existem, sim, pessoas que são feitas umas para as outras. O velho cliché romântico é verdade, a coisa é melhor organizada do que se pensa. Pares ideais são postos no mundo para se integrarem e se reproduzirem. Ou não, se forem do mesmo sexo. Só tem uma coisa: como acontece no comércio de livros e discos, o problema está na distribuição. Aí falha a organização e os pares ideais se dispersam ao serem criados, uma parte vai para um lado e a outra vai para outro, às vezes longe. Na maioria dos casos, elas nem se encontram. O cálculo é que no máximo vinte por cento dos pares ideais chegam a se encontrar e se integrar. Os outros nunca conhecem as pessoas feitas só para eles. Podem encontrar um par adequado e serem felizes, como foi o nosso caso, querida, mas sempre haverá aquela sensação de que, em algum lugar, talvez na China, existe o seu par certo, o par que a Natureza reservou para ele ou ela. Mas quem poderia saber? Era pior na Antiguidade, quando as pessoas viajavam menos e a comunicação entre os lugares era precária. A pessoa estava condenada a escolher um par da sua vizinhança, da sua vila, da sua paróquia, e a probabilidade de ser o par ideal era remota. Isto quando não eram os pais que escolhiam os pares para os filhos, o que diminuía ainda mais as chances de acertarem. Hoje se pode procurar pelo mundo todo o nosso par designado. O contacto entre grupos humanos, a globalização, até os cursos de línguas e os programas de intercâmbio cultural aumentaram a possibilidade de se localizar a pessoa que nos completará, que estava destinada a nós. (...) Mas o que eu quero dizer é que, mesmo com todos os recursos modernos, continua muito difícil encontrar a pessoa feita só para você. Você pode viajar pelo mundo todo procurando-a, pode botar anúncios no jornal, pode contratar detectives para achá-la, sem sucesso, e todo esse tempo a pessoa feita especificamente para você pode morar no seu bairro, sentar ao seu lado no cinema ou cruzar por você na rua todos os dias, sem que você se dê conta. (...)"
Luís Fernando Veríssimo
(in Revista Actual, suplemento do Expresso nº 1748, de 29 de Abril de 2006)
Existem, sim, pessoas que são feitas umas para as outras. O velho cliché romântico é verdade, a coisa é melhor organizada do que se pensa. Pares ideais são postos no mundo para se integrarem e se reproduzirem. Ou não, se forem do mesmo sexo. Só tem uma coisa: como acontece no comércio de livros e discos, o problema está na distribuição. Aí falha a organização e os pares ideais se dispersam ao serem criados, uma parte vai para um lado e a outra vai para outro, às vezes longe. Na maioria dos casos, elas nem se encontram. O cálculo é que no máximo vinte por cento dos pares ideais chegam a se encontrar e se integrar. Os outros nunca conhecem as pessoas feitas só para eles. Podem encontrar um par adequado e serem felizes, como foi o nosso caso, querida, mas sempre haverá aquela sensação de que, em algum lugar, talvez na China, existe o seu par certo, o par que a Natureza reservou para ele ou ela. Mas quem poderia saber? Era pior na Antiguidade, quando as pessoas viajavam menos e a comunicação entre os lugares era precária. A pessoa estava condenada a escolher um par da sua vizinhança, da sua vila, da sua paróquia, e a probabilidade de ser o par ideal era remota. Isto quando não eram os pais que escolhiam os pares para os filhos, o que diminuía ainda mais as chances de acertarem. Hoje se pode procurar pelo mundo todo o nosso par designado. O contacto entre grupos humanos, a globalização, até os cursos de línguas e os programas de intercâmbio cultural aumentaram a possibilidade de se localizar a pessoa que nos completará, que estava destinada a nós. (...) Mas o que eu quero dizer é que, mesmo com todos os recursos modernos, continua muito difícil encontrar a pessoa feita só para você. Você pode viajar pelo mundo todo procurando-a, pode botar anúncios no jornal, pode contratar detectives para achá-la, sem sucesso, e todo esse tempo a pessoa feita especificamente para você pode morar no seu bairro, sentar ao seu lado no cinema ou cruzar por você na rua todos os dias, sem que você se dê conta. (...)"
Luís Fernando Veríssimo
(in Revista Actual, suplemento do Expresso nº 1748, de 29 de Abril de 2006)
domingo, julho 16, 2006
Sozinho/A
"(...)
Quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou (...)
onde está você agora?"
Caetano Veloso
Quando a gente gosta
é claro que a gente cuida
fala que me ama
só que é da boca pra fora
ou você me engana
ou (...)
onde está você agora?"
Caetano Veloso
sexta-feira, julho 14, 2006
Recordação
Já fui até Tábua (e voltei).
Antes, fui com o carro à lavagem automática.
Aí, tive uma espécie de déjà vu: lembrei-me de um determinado momento (passado), em que também estava num local de lavagem (manual) de carros... mas não sozinha.
Há recordações arrasadoras, principalmente porque são muito difíceis de voltar a guardar!
Antes, fui com o carro à lavagem automática.
Aí, tive uma espécie de déjà vu: lembrei-me de um determinado momento (passado), em que também estava num local de lavagem (manual) de carros... mas não sozinha.
Há recordações arrasadoras, principalmente porque são muito difíceis de voltar a guardar!
quinta-feira, julho 13, 2006
terça-feira, julho 11, 2006
Jornada
Hoje tive um dia cheio!
Já não me lembrava que uma viagem breve e pontual podia fazer tão bem...
Uma vez mais, fui até Lisboa.
Apanhei o Alfa das 12:20h.
Fiquei num lugar junto à janela e não tinha ninguém ao meu lado (o que é sempre bom, sempre se vai mais à vontade).
Só que, a uma determinada altura da viagem, vejo um senhor a vir pelo corredor fora... e a sentar-se mesmo ali, no banco ao lado.
Pensei cá para mim, "era só o que me faltava!".
Ainda me perguntou se queria ver a revista que ele trazia. Apenas respondi que não com a cabeça.
Depois disso, lá se recostou e dormiu (ou dormitou).
Ok.
Passada a estação de Santarém, o senhor lá acordou...
"- A menina, o que é que estuda?"
E pronto.
A partir dali, instalou-se o diálogo.
Devo dizer que, a princípio, estava um pouco reticente.
O que é perfeitamente natural: afinal de contas, não sabia 'qual era a dele'!
Mas à medida que a conversa foi fluindo, deu para perceber que era um senhor - apenas -, simpático e observador, que (ao que parece) aproveita as viagens de comboio para fazer amigos.
E hoje fez mais uma!
Depois disso, chegámos a Sta. Apolónia às 14:25h.
O senhor, como ia para a Av. da Liberdade, fez o favor de me dar boleia (no táxi) até ao Cais do Sodré.
Despedimo-nos.
E eu fui à minha vida.
Fartei-me de andar.
A pé e de transportes.
(Normalmente, quando tenho de o fazer assim, acabo por ir a 'mandar vir' sozinha, por ter sempre de andar sozinha e de transportes e assim... Mas hoje até vi umas caras conhecidas na mesma situação, o que acabou por me ajudar a não me sentir tão 'martirizada'!)
Na volta, já não fui pelo Cais do Sodré.
Apanhei comboio em Alcântara-Terra, directamente para o Oriente.
Aí sim, pude descansar um pouco e comer!
(Um aparte: prestes a entrar no comboio, dei de caras com o José Fidalgo! Uuhhh!)
O mais engraçado disto tudo, é que voltei a vir no mesmo comboio que o tal senhor.
É verdade!
Incrível, como uma pessoa que conhecemos apenas por momentos nos pode conhecer tão bem.
Enquanto falou comigo, o Sr. David (é assim que se chama) conseguiu dizer coisas sobre mim que muita gente, que convive comigo de perto, não vê, não percebe, não conhece.
No regresso, só o procurei quando já estava perto de chegar a Coimbra, para me poder despedir em condições.
Lá o encontrei, com uma nova amiga! ;) Sabe esolher!
Mas não retiro o que disse, nem o conforto que senti com as palavras dele.
Alguém que não me é nada, que não me conhece de lado nenhum, fez-me sentir como há algum tempo não me faziam sentir e como pessoas tão próximas não fazem sentir, de todo: Especial!
Hoje ganhei um amigo, com idade algures entre o meu pai e o meu avô. :)
Já não me lembrava que uma viagem breve e pontual podia fazer tão bem...
Uma vez mais, fui até Lisboa.
Apanhei o Alfa das 12:20h.
Fiquei num lugar junto à janela e não tinha ninguém ao meu lado (o que é sempre bom, sempre se vai mais à vontade).
Só que, a uma determinada altura da viagem, vejo um senhor a vir pelo corredor fora... e a sentar-se mesmo ali, no banco ao lado.
Pensei cá para mim, "era só o que me faltava!".
Ainda me perguntou se queria ver a revista que ele trazia. Apenas respondi que não com a cabeça.
Depois disso, lá se recostou e dormiu (ou dormitou).
Ok.
Passada a estação de Santarém, o senhor lá acordou...
"- A menina, o que é que estuda?"
E pronto.
A partir dali, instalou-se o diálogo.
Devo dizer que, a princípio, estava um pouco reticente.
O que é perfeitamente natural: afinal de contas, não sabia 'qual era a dele'!
Mas à medida que a conversa foi fluindo, deu para perceber que era um senhor - apenas -, simpático e observador, que (ao que parece) aproveita as viagens de comboio para fazer amigos.
E hoje fez mais uma!
Depois disso, chegámos a Sta. Apolónia às 14:25h.
O senhor, como ia para a Av. da Liberdade, fez o favor de me dar boleia (no táxi) até ao Cais do Sodré.
Despedimo-nos.
E eu fui à minha vida.
Fartei-me de andar.
A pé e de transportes.
(Normalmente, quando tenho de o fazer assim, acabo por ir a 'mandar vir' sozinha, por ter sempre de andar sozinha e de transportes e assim... Mas hoje até vi umas caras conhecidas na mesma situação, o que acabou por me ajudar a não me sentir tão 'martirizada'!)
Na volta, já não fui pelo Cais do Sodré.
Apanhei comboio em Alcântara-Terra, directamente para o Oriente.
Aí sim, pude descansar um pouco e comer!
(Um aparte: prestes a entrar no comboio, dei de caras com o José Fidalgo! Uuhhh!)
O mais engraçado disto tudo, é que voltei a vir no mesmo comboio que o tal senhor.
É verdade!
Incrível, como uma pessoa que conhecemos apenas por momentos nos pode conhecer tão bem.
Enquanto falou comigo, o Sr. David (é assim que se chama) conseguiu dizer coisas sobre mim que muita gente, que convive comigo de perto, não vê, não percebe, não conhece.
No regresso, só o procurei quando já estava perto de chegar a Coimbra, para me poder despedir em condições.
Lá o encontrei, com uma nova amiga! ;) Sabe esolher!
Mas não retiro o que disse, nem o conforto que senti com as palavras dele.
Alguém que não me é nada, que não me conhece de lado nenhum, fez-me sentir como há algum tempo não me faziam sentir e como pessoas tão próximas não fazem sentir, de todo: Especial!
Hoje ganhei um amigo, com idade algures entre o meu pai e o meu avô. :)
segunda-feira, julho 10, 2006
Looping
2006 tem sido uma autêntica montanha-russa!
Não que tenha alguma coisa contra, muito pelo contrário.
Das poucas vezes que andei, gostei.
O problema é que a instabilidade tem superado, em muito, a segurança...
Não que tenha alguma coisa contra, muito pelo contrário.
Das poucas vezes que andei, gostei.
O problema é que a instabilidade tem superado, em muito, a segurança...
sábado, julho 08, 2006
sexta-feira, julho 07, 2006
Saudade
"Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver um futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos
que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja
sentir saudade..
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos;
Não ter por quem sentir saudade,
Passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca
ter sofrido."
Pablo Neruda
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado
que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver um futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe
o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos
que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja
sentir saudade..
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos;
Não ter por quem sentir saudade,
Passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca
ter sofrido."
Pablo Neruda
Critério
"Chegaram 700 currículos à mesa do director.
Ele diz à secretária:
- Pegue os 30 que estão no topo da pilha e chame-os para serem entrevistados. Jogue os restantes na máquina fragmentadora.
- O senhor está louco? São 670 pessoas! Talvez os melhores estejam lá!
Ele responde:
- Eu não preciso de gente sem sorte..."
Recebi este e-mail, há dias.
Desconfio que seja o meu caso!
Ele diz à secretária:
- Pegue os 30 que estão no topo da pilha e chame-os para serem entrevistados. Jogue os restantes na máquina fragmentadora.
- O senhor está louco? São 670 pessoas! Talvez os melhores estejam lá!
Ele responde:
- Eu não preciso de gente sem sorte..."
Recebi este e-mail, há dias.
Desconfio que seja o meu caso!
quinta-feira, julho 06, 2006
Subscrever:
Mensagens (Atom)