"I
(...)
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
(...)
XXVIII
(...)
E ri como quem tem chorado muito.
(...)
XLVIII
(...)
Porque não posso fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
Nem a árvore esconder que dá fruto.
(...)
Quase alegre como quem se cansa de estar triste.
(...)"
Alberto Caeiro
2 comentários:
Fernando Pessoa nunca foi o meu forte... Mas ele foi um grande poeta!
Ó poetas!
A hora absurda do Pessoa
É esta
A nova religião já tem até um profesta
Único concurso que vale a pena ganhar
O de ser o novo messias
Ou o anticristo
Todos os disparates
Porque é a hora absurda
Esperança em escrever o último poema
Em plena guerra nuclear
Para nada
Excepto ser poeta da hora absurda
E poder sorrir com desprezo e sarcasmo
Para deus
Maior do que deus
PS: Obrigado pela visita.
Paulo
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