Porque o essencial, o que realmente importa, está nas coisas mais simples. pormenoridades@gmail.com
terça-feira, julho 31, 2007
Herberto Hélder
Outra sugestão:
"Se houvesse degraus na terra...
(...)
Beijei uma boca vermelha e a minha boca tingiu-se,
levei um lenço à boca e o lenço fez-se vermelho.
Fui lavá-lo na ribeira e a água tornou-se rubra,
e a fímbria do mar, e o meio do mar,
e vermelhas se volveram as asas da águia
que desceu para beber,
e metade do sol e a lua inteira se tornaram vermelhas.
(...)"
"Se houvesse degraus na terra...
(...)
Beijei uma boca vermelha e a minha boca tingiu-se,
levei um lenço à boca e o lenço fez-se vermelho.
Fui lavá-lo na ribeira e a água tornou-se rubra,
e a fímbria do mar, e o meio do mar,
e vermelhas se volveram as asas da águia
que desceu para beber,
e metade do sol e a lua inteira se tornaram vermelhas.
(...)"
Nuno Júdice
Ontem, por sugestão de uma amiga, trouxe da Fnac dois livros deste senhor: um para mim, outro para oferecer.
"Carpe diem
Confias no incerto amanhã? Entregas
às sombras do acaso a resposta inadiável?
Aceitas que a diurna inquietação da alma
substitua o riso claro de um corpo
que te exige o prazer? Fogem-te, por entre os
dedos, os instantes; e nos lábios dessa que amaste
morre um fim de frase, deixando a dúvida
definitiva. Um nome inútil persegue a tua memória,
para que o roubes ao sono dos sentidos. Porém,
nenhum rosto lhe dá a forma que desejarias;
e abraças a própria figura do vazio. Então,
por que esperas para sair ao encontro da vida,
do sopro quente da primavera, das margens
visíveis do humano? "Não", dizes, "nada me obrigará
à renúncia de mim próprio --- nem esse olhar
que me oferece o leito profundo da sua imagem!"
Louco, ignora que o destino, por vezes,
se confunde com a brevidade do verso."
"Nunca são as coisas mais simples que aparecem
quando as esperamos. O que é mais simples,
como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se
encontra no curso previsível da vida. Porém, se
nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos
nos empurrou para fora do caminho habitual,
então as coisas são outras. Nada do que se espera
transforma o que somos se não for isso:
um desvio no olhar; ou a mão que se demora
no teu ombro, forçando uma aproximação
dos lábios."
"Carpe diem
Confias no incerto amanhã? Entregas
às sombras do acaso a resposta inadiável?
Aceitas que a diurna inquietação da alma
substitua o riso claro de um corpo
que te exige o prazer? Fogem-te, por entre os
dedos, os instantes; e nos lábios dessa que amaste
morre um fim de frase, deixando a dúvida
definitiva. Um nome inútil persegue a tua memória,
para que o roubes ao sono dos sentidos. Porém,
nenhum rosto lhe dá a forma que desejarias;
e abraças a própria figura do vazio. Então,
por que esperas para sair ao encontro da vida,
do sopro quente da primavera, das margens
visíveis do humano? "Não", dizes, "nada me obrigará
à renúncia de mim próprio --- nem esse olhar
que me oferece o leito profundo da sua imagem!"
Louco, ignora que o destino, por vezes,
se confunde com a brevidade do verso."
"Nunca são as coisas mais simples que aparecem
quando as esperamos. O que é mais simples,
como o amor, ou o mais evidente dos sorrisos, não se
encontra no curso previsível da vida. Porém, se
nos distraímos do calendário, ou se o acaso dos passos
nos empurrou para fora do caminho habitual,
então as coisas são outras. Nada do que se espera
transforma o que somos se não for isso:
um desvio no olhar; ou a mão que se demora
no teu ombro, forçando uma aproximação
dos lábios."
segunda-feira, julho 30, 2007
Nelly em Cantanhede
Acabei por ir.
Escusado será dizer que a "Força" resultou muito bem!
"Flames to dust
Lovers to friends
Why do all good things come to an end"
Escusado será dizer que a "Força" resultou muito bem!
"Flames to dust
Lovers to friends
Why do all good things come to an end"
quinta-feira, julho 26, 2007
quarta-feira, julho 25, 2007
Mais de uma década depois...
... voltei a ser picada por uma vespa!
Pois é!
Regressava eu do trabalho e vinha toda contente, no carro (no lugar ao lado da condutora), de janela aberta a apanhar o ventinho...
Até sentir uma cena estranha no ombro do lado contrário à janela.
Quando vou a olhar, lá estava ela agarrada à minha camisola.
P***!
Depois de uma moeda e uma dormida com uma rodela de batata em cima, só ficou mesmo a marquinha da picada.
Sabia que doía, mas preferia não me ter lembrado.
Pois é!
Regressava eu do trabalho e vinha toda contente, no carro (no lugar ao lado da condutora), de janela aberta a apanhar o ventinho...
Até sentir uma cena estranha no ombro do lado contrário à janela.
Quando vou a olhar, lá estava ela agarrada à minha camisola.
P***!
Depois de uma moeda e uma dormida com uma rodela de batata em cima, só ficou mesmo a marquinha da picada.
Sabia que doía, mas preferia não me ter lembrado.
Ainda sob o efeito 'Expofacic'...
... que só me permitiu dormir (menos de) 4 horas.
Mas quando assim é, vale a pena!
Segue-se sexta-feira, com os Da Weasel, mas aí terei o fim-de-semana para recuperar. Ou não.
Mas quando assim é, vale a pena!
Segue-se sexta-feira, com os Da Weasel, mas aí terei o fim-de-semana para recuperar. Ou não.
terça-feira, julho 24, 2007
segunda-feira, julho 23, 2007
Os bilhetes já cá cantam!
sexta-feira, julho 20, 2007
Medo!
Conhecem aquela sensação de 'tempo perdido'?
É que estou a chegar à conclusão que andei a desperdiçar o meu tempo com determinada pessoa.
A chamada "uni-amizade" (de unilateral), estão a ver?!
Por um lado, já queria ter tido uma conversa franca.
Por outro, estou a deixar andar, para ver até onde vai a brincadeirinha...
Mas quando me decidir, saiam de perto!
É que estou a chegar à conclusão que andei a desperdiçar o meu tempo com determinada pessoa.
A chamada "uni-amizade" (de unilateral), estão a ver?!
Por um lado, já queria ter tido uma conversa franca.
Por outro, estou a deixar andar, para ver até onde vai a brincadeirinha...
Mas quando me decidir, saiam de perto!
quinta-feira, julho 19, 2007
terça-feira, julho 17, 2007
Aqui tão perto!
Ontem, tinha decidido ir à Figueira, ao CAE, buscar bilhetes para os próximos espectáculos que faço questão de ver...
Para minha surpresa, a bilheteira fecha às 19h!!!
Como é que é possível?
Ah, ok, estamos em Portugal.
Valeu por este pôr-do-sol.
Parecia que estava à minha espera.
E claro, não resisti a sentir o mar!
Para minha surpresa, a bilheteira fecha às 19h!!!
Como é que é possível?
Ah, ok, estamos em Portugal.
Valeu por este pôr-do-sol.
Parecia que estava à minha espera.
E claro, não resisti a sentir o mar!
segunda-feira, julho 16, 2007
sexta-feira, julho 13, 2007
Da Weasel
"um segundo ao teu lado já preenche uma vida"
(Dialectos da Ternura)
"E já que falo por eufemismos
Gostava de dizer que ainda gosto bastante de ti..."
(Mundos Mudos)
"Do pouco que eu sei eu sei que já perdi bastante
quero ser uma constante na equação da tua vida"
(Um Dia Destes)
Eles sabem do que falam!
(Dialectos da Ternura)
"E já que falo por eufemismos
Gostava de dizer que ainda gosto bastante de ti..."
(Mundos Mudos)
"Do pouco que eu sei eu sei que já perdi bastante
quero ser uma constante na equação da tua vida"
(Um Dia Destes)
Eles sabem do que falam!
Ana Moura
"Aconteceu
Eu não estava à tua espera
(…)
Eu estava ali só porque tinha que estar
E tu chegaste porque tinhas que chegar
(…)
(…)
O que foi que aconteceu?
(…)"
Eu não estava à tua espera
(…)
Eu estava ali só porque tinha que estar
E tu chegaste porque tinhas que chegar
(…)
(…)
O que foi que aconteceu?
(…)"
quinta-feira, julho 12, 2007
Assenta na perfeição!
Embora a tenha ouvido em espanhol, acho que define tudo:
"O coração partido em dois".
"O coração partido em dois".
quarta-feira, julho 11, 2007
terça-feira, julho 10, 2007
Siberia
"“When you come back, I won't be here.”
She said and gently pulled me near
“If you wanna talk, you can call
And, no, it's not your fault.”
I just smiled and said “Let go of me,
Now, there's something I just gotta know
Did someone else steal my part?”
She said it's not my fault
Then my heart did time in Siberia
Was waiting for the lie to come true
'Cause it's all so dark and mysterious
When the one you want doesn't want you too
I was drifting in between, like I was
On the outside looking in (yeah)
And in my dreams you are still here
Like you've always been, oh
(...)
I gave myself away completely
But you just couldn’t see me
(...)
Siberia, Siberia
When the one you want doesn't want you too"
BSB
She said and gently pulled me near
“If you wanna talk, you can call
And, no, it's not your fault.”
I just smiled and said “Let go of me,
Now, there's something I just gotta know
Did someone else steal my part?”
She said it's not my fault
Then my heart did time in Siberia
Was waiting for the lie to come true
'Cause it's all so dark and mysterious
When the one you want doesn't want you too
I was drifting in between, like I was
On the outside looking in (yeah)
And in my dreams you are still here
Like you've always been, oh
(...)
I gave myself away completely
But you just couldn’t see me
(...)
Siberia, Siberia
When the one you want doesn't want you too"
BSB
domingo, julho 08, 2007
Visão nº 748
“21 de Junho
Almoço com a minha filha mais velha, pelos seus anos, num dos restaurantezinhos próximos do sítio onde escrevo. De vez em quando o telemóvel dela toca e parabéns, parabéns (...). Não perdoo quase nada à Ditadura e o que menos lhe perdoo foi não ter assistido à gravidez da mãe e não estar presente quando chegou. (...) Uma filha fantasma em que não podia tocar, não podia ter ao colo, não podia beijar. Lembro-me de ter ido para junto do arame farpado, sozinho, num sofrimento imenso, e diante de mim, o rio, a mata, a infinita paisagem da minha dor. Conheci-a com quatro meses, deitada no berço a dormir, inclinei-me para ela e continuo, ainda hoje, a sentir o seu cheiro, a ver as suas mãos, o seu corpo, o seu cabelo loiro, os pezinhos que me cabiam inteiros na boca. (...) Cada 21 de Junho, ao olhá-la, vem-me à cabeça, como num vómito instantâneo, o que acabo de escrever. Fico muito quieto à frente dela no restaurante, tenha a idade que tiver, com os seus pés na minha boca e o seu cheiro a embuchar-me.
Quis tanto que viesse: pensava
- Vou morrer aqui
pensava
- Se tiver um filho ainda que morra não morro
e desde então é a certeza da minha imortalidade e da minha permanência. (...)
Toda a guerra é horrível: os mortos, os feridos, o isolamento, a estupidez cruel, as nossas existências precárias e indignadas. Mas, maior que isso, o nascimento da minha filha foi o que mais me custou pela violência dos sentimentos contraditórios que acendeu em mim, pela dúvida
- Será verdade, não será verdade?
e pela minha furiosa, quase assassina indignação. (...)
Se Deus me fizesse o favor de voltar com os ponteiros para trás, agradecia: nada se pode comparar, julgo eu, a estar presente na altura em que uma criança nossa
(em que uma criança minha)
rompe no mundo. Por isso o dia 21 de Junho
(...)
é uma data estranha que nunca se pacifica cá dentro. (...)
Como esta expressão é verdadeira: o coração num pingo. Não é uma imagem nem uma metáfora: o coração num pingo. (...) Não posso meter os seus pés na minha boca
(cresceram imenso)
e a minha dificuldade em exprimir ternura impede-me de a abraçar como desejaria. Para ali fico, aparvalhado: parece uma mulher e mentira: é o bebé que me roubaram, é a alegria que recusaram dar-me. É o meu bebé e o meu bebé come de faca e garfo, atende o telemóvel, cresceu inacreditavelmente depressa para a ter no colo. (...) O facto de comermos cerejas do mesmo prato comove-me. De vez em quando os nossos dedos roçam-se, apetece-me apertar-lhos e nãos os aperto: estou de papel em riste a ler
(...)
Sou um pingo fardado, uma gotinha que vibra. Sou um alfereszito de vinte e tal anos a tremer contra o arame farpado. Um camarada meu aproximou-se: o Eleutério. Gostava, gosto do Eleutério. (...) Agradeço-te, Eleutério, o que trocámos sem palavras.
Ó capitão para mim
- Parabéns, parabéns
e compreendi nesse momento que a resposta possível a
- Parabéns, parabéns
era a cabeça voltada para o outro lado e a exclamação
- Caralho
tão baixinho que o mundo inteiro ouviu.”
António Lobo Antunes
Almoço com a minha filha mais velha, pelos seus anos, num dos restaurantezinhos próximos do sítio onde escrevo. De vez em quando o telemóvel dela toca e parabéns, parabéns (...). Não perdoo quase nada à Ditadura e o que menos lhe perdoo foi não ter assistido à gravidez da mãe e não estar presente quando chegou. (...) Uma filha fantasma em que não podia tocar, não podia ter ao colo, não podia beijar. Lembro-me de ter ido para junto do arame farpado, sozinho, num sofrimento imenso, e diante de mim, o rio, a mata, a infinita paisagem da minha dor. Conheci-a com quatro meses, deitada no berço a dormir, inclinei-me para ela e continuo, ainda hoje, a sentir o seu cheiro, a ver as suas mãos, o seu corpo, o seu cabelo loiro, os pezinhos que me cabiam inteiros na boca. (...) Cada 21 de Junho, ao olhá-la, vem-me à cabeça, como num vómito instantâneo, o que acabo de escrever. Fico muito quieto à frente dela no restaurante, tenha a idade que tiver, com os seus pés na minha boca e o seu cheiro a embuchar-me.
Quis tanto que viesse: pensava
- Vou morrer aqui
pensava
- Se tiver um filho ainda que morra não morro
e desde então é a certeza da minha imortalidade e da minha permanência. (...)
Toda a guerra é horrível: os mortos, os feridos, o isolamento, a estupidez cruel, as nossas existências precárias e indignadas. Mas, maior que isso, o nascimento da minha filha foi o que mais me custou pela violência dos sentimentos contraditórios que acendeu em mim, pela dúvida
- Será verdade, não será verdade?
e pela minha furiosa, quase assassina indignação. (...)
Se Deus me fizesse o favor de voltar com os ponteiros para trás, agradecia: nada se pode comparar, julgo eu, a estar presente na altura em que uma criança nossa
(em que uma criança minha)
rompe no mundo. Por isso o dia 21 de Junho
(...)
é uma data estranha que nunca se pacifica cá dentro. (...)
Como esta expressão é verdadeira: o coração num pingo. Não é uma imagem nem uma metáfora: o coração num pingo. (...) Não posso meter os seus pés na minha boca
(cresceram imenso)
e a minha dificuldade em exprimir ternura impede-me de a abraçar como desejaria. Para ali fico, aparvalhado: parece uma mulher e mentira: é o bebé que me roubaram, é a alegria que recusaram dar-me. É o meu bebé e o meu bebé come de faca e garfo, atende o telemóvel, cresceu inacreditavelmente depressa para a ter no colo. (...) O facto de comermos cerejas do mesmo prato comove-me. De vez em quando os nossos dedos roçam-se, apetece-me apertar-lhos e nãos os aperto: estou de papel em riste a ler
(...)
Sou um pingo fardado, uma gotinha que vibra. Sou um alfereszito de vinte e tal anos a tremer contra o arame farpado. Um camarada meu aproximou-se: o Eleutério. Gostava, gosto do Eleutério. (...) Agradeço-te, Eleutério, o que trocámos sem palavras.
Ó capitão para mim
- Parabéns, parabéns
e compreendi nesse momento que a resposta possível a
- Parabéns, parabéns
era a cabeça voltada para o outro lado e a exclamação
- Caralho
tão baixinho que o mundo inteiro ouviu.”
António Lobo Antunes
Visão nº 746
“O esquimó
Um domingo de nuvens sujas a sujarem a tarde na janela, as árvores, as casas. A sujarem-me a mim. Escrevo isto na cozinha enquanto um electrodoméstico qualquer vai zunindo (...). Sou um inepto, não sirvo para nada, não me entendo com estes aparelhos, não me entendo com o lado imediatamente prático da vida (...).
Devia ter nascido esquimó. Nem comer decentemente sei. Escrevo livros e é um pau, quer dizer escrevi livros. Voltarei a escrevê-los? Não faço a menor ideia, não penso nisso. Talvez, e um talvez bastante indeciso. (...)
(...) De que maneira funcionará este cubo incompreensível? Fico sentado sem pensar em nada, sem sentir nada, sem desejar nada. O telefone toca
(o telefone sei atender)
e deixei-o tocar. Toca
interminavelmente, o parvo, com alguém na outra ponta à espera. (...) Ao fim de séculos desiste. (...) A imobilidade dos objectos sempre me surpreendeu. (...)
Porque diabo escrevo isto? Agarrei no bloco e as palavras começaram a sair sozinhas. (...) Desconfio desta facilidade, dá-me ideia que andam a mangar comigo, que pretendem que eu acabe isto depressa e as deixe em paz. Devem ter as suas razões e pela minha parte vou-as recebendo sem crítica. (...) Não me sinto alegre nem triste. Sinto-me parado como a árvore negra do quintal. (...)”
António Lobo Antunes
Um domingo de nuvens sujas a sujarem a tarde na janela, as árvores, as casas. A sujarem-me a mim. Escrevo isto na cozinha enquanto um electrodoméstico qualquer vai zunindo (...). Sou um inepto, não sirvo para nada, não me entendo com estes aparelhos, não me entendo com o lado imediatamente prático da vida (...).
Devia ter nascido esquimó. Nem comer decentemente sei. Escrevo livros e é um pau, quer dizer escrevi livros. Voltarei a escrevê-los? Não faço a menor ideia, não penso nisso. Talvez, e um talvez bastante indeciso. (...)
(...) De que maneira funcionará este cubo incompreensível? Fico sentado sem pensar em nada, sem sentir nada, sem desejar nada. O telefone toca
(o telefone sei atender)
e deixei-o tocar. Toca
interminavelmente, o parvo, com alguém na outra ponta à espera. (...) Ao fim de séculos desiste. (...) A imobilidade dos objectos sempre me surpreendeu. (...)
Porque diabo escrevo isto? Agarrei no bloco e as palavras começaram a sair sozinhas. (...) Desconfio desta facilidade, dá-me ideia que andam a mangar comigo, que pretendem que eu acabe isto depressa e as deixe em paz. Devem ter as suas razões e pela minha parte vou-as recebendo sem crítica. (...) Não me sinto alegre nem triste. Sinto-me parado como a árvore negra do quintal. (...)”
António Lobo Antunes
sexta-feira, julho 06, 2007
quinta-feira, julho 05, 2007
Encosta-te a mim
"Encosta-te a mim,
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim"
Jorge Palma
Nunca pensei dizer isto, mas... adoro!
nós já vivemos cem mil anos
encosta-te a mim,
talvez eu esteja a exagerar
encosta-te a mim,
dá cabo dos teus desenganos
não queiras ver quem eu não sou,
deixa-me chegar.
Chegado da guerra,
fiz tudo p´ra sobreviver em nome da terra,
no fundo p´ra te merecer
recebe-me bem,
não desencantes os meus passos
faz de mim o teu herói,
não quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo
o que não vivi, hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim.
Encosta-te a mim,
desatinamos tantas vezes
vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal
recebe esta pomba que não está armadilhada
foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis
em nome da estrada onde só quero ser feliz
enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada
vai beijar o homem-bomba, quero adormecer.
Tudo o que eu vi,
estou a partilhar contigo o que não vivi,
um dia hei-de inventar contigo
sei que não sei, às vezes entender o teu olhar
mas quero-te bem, encosta-te a mim"
Jorge Palma
Nunca pensei dizer isto, mas... adoro!
quarta-feira, julho 04, 2007
Replay
“From this moment life has begun
From this moment you are the one
Right beside you is where I belong
From this moment on
From this moment I have been blessed
I live only for your happiness
And for your love I'd give my last breath
From this moment on
I give my hand to you with all my heart
Can't wait to live my life with you, can't wait to start
You and I will never be apart
My dreams came true because of you
From this moment as long as I live
I will love you, I promise you this
There is nothing I wouldn't give
From this moment on
You're the reason I believe in love
And you're the answer to my prayers from up above
All we need is just the two of us
My dreams came true because of you
From this moment as long as I live
I will love you, I promise you this
There is nothing I wouldn't give
From this momentI will love you as long as I live
From this moment on”
Shania Twain
Como é que voltamos a senti-lo, em pleno, quando o medo insiste em acompanhar-nos?
Será possível sabermos se é recíproco?!
De qualquer forma, creio que saber o que queremos assusta...
From this moment you are the one
Right beside you is where I belong
From this moment on
From this moment I have been blessed
I live only for your happiness
And for your love I'd give my last breath
From this moment on
I give my hand to you with all my heart
Can't wait to live my life with you, can't wait to start
You and I will never be apart
My dreams came true because of you
From this moment as long as I live
I will love you, I promise you this
There is nothing I wouldn't give
From this moment on
You're the reason I believe in love
And you're the answer to my prayers from up above
All we need is just the two of us
My dreams came true because of you
From this moment as long as I live
I will love you, I promise you this
There is nothing I wouldn't give
From this momentI will love you as long as I live
From this moment on”
Shania Twain
Como é que voltamos a senti-lo, em pleno, quando o medo insiste em acompanhar-nos?
Será possível sabermos se é recíproco?!
De qualquer forma, creio que saber o que queremos assusta...
terça-feira, julho 03, 2007
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