sábado, abril 26, 2008

Se valeu!

















Corri, como já não me lembrava de fazer!
Ultrapassei muitas das pessoas que iam à minha frente.
O meu instinto levou-me até meio da segunda fila.
(Sim, porque meninas que pagaram bem para entrar antes do concerto, acabaram por já não sair e, por isso, ocupavam a primeira. Caso contrário, era eu quem lá tinha ficado...)
Antes disso, cheguei a Lisboa por volta das 19h45 do dia anterior.
Mas só fui para o Pavilhão Atlântico às 23h30.
Era o número 34.
Dormi lá, no meu saco-cama novo (quentinho!).
Bem, dormir foi só entre a meia-noite e tal e as 4h00.
Depois disso, não consegui.
Conversou-se, cantou-se – com direito a aplausos –, ouviu-se o “Unbreakable”.
A meio da manhã, fui à Pousada tomar banho e comer qualquer coisa.
(É que, durante todo este ‘processo’, perdi o apetite.)
Quando regressei, já se começava a formar uma fila.
A partir dali, foi tentar que o dia não custasse muito a passar.
Difícil, com tanto calor.
(Mas antes assim do que com chuva. Os deuses estiveram connosco, sem dúvida!)
Boné, protector solar, chapéu de chuva a servir de sombrinha, aproveitar sombra das árvores e dos postes de iluminação (os das bandeiras também).
Conversa para aqui, conversa para ali.
Sentar, levantar, mudar de posição.
O mais complicado é não saber se todo aquele esforço será compensado, porque é uma situação que não se controla.
Estamos ali há horas, desde a noite anterior, e não sabemos se vamos ficar num bom lugar, não podemos prever se aquelas pessoas que ali estão se vão 'passar' da cabeça.
Medo!
Houve uma altura em que as coisas se descontrolaram.
Estávamos numa entrada e, de repente, desatou tudo a correr para a outra porta.
Óbvio que ninguém queria cumprir a ordem anterior.
Gritos, insultos, nervos à flor da pele.
Felizmente, tudo se veio a resolver.
As meninas que organizam a lista, e que lá estavam na véspera quando cheguei, já têm alguma experiência nestas coisas e conseguiram conduzir a situação.
Com a preciosa ajuda dos seguranças, que assim que chegaram – demasiado tarde, na minha opinião – impuseram-se, mostrando respeito pela tal lista.
Deu para acalmar e pensar que ainda há pessoas justas e que nem tudo (quase!) funciona mal em Portugal.
A contagem decrescente foi dolorosa.
O sol estava mesmo muito quente.
Muitos escaldões!
O Parque das Nações estava “à pinha”.
Os acordes do soundcheck ouviram-se mais tarde do que o previsto.
Voltou o friozinho na barriga.
A última hora foi a que custou menos, por incrível que pareça.
Por volta das 18h30, abriram as portas.
Passagem pelos seguranças, registo do bilhete.
Tive sorte!
Que bom senti-lo e dizê-lo.
Valeu a pena a espera, o esforço, o cansaço, a ansiedade!
Fantástico, para quem esteve sempre nas bancadas – em 1998 e em 2005 –, vê-los assim tão perto.
Poder sorrir-lhes e estabelecer contacto visual.
Cantar, fotografar.
E curtir MUITO!
Obrigada aos Backstreet Boys, por não se esquecerem de nós!
Sei que somos um público especial!
P.S. » Não andei a ‘espalhar’ por aí que ia ao concerto, mas a quem me perguntava, claro que respondia. Continuo a sentir preconceito por parte das pessoas, aquela sensação de que nos tomam por “coitaditas”. Não consigo traduzir. Mas também sei de pessoas que até gostariam de lá ter estado...