sábado, setembro 24, 2005

O que será?


23 centímetros... De quê?

Será o tamanho do Homero que o Lobo transporta na maleta?
Ou antes o tamanho do pénis dele, o Lobo?

Será, mais do que isso, a pontuação do jogo que vemos na tela?
Ou algo tão simples como o passar do tempo?

“23 Centímetros”, uma peça da cooperativa Bonifrates, que fiz questão de rever, pode ser o que eu quiser.
Pode ser o que quisermos.
Basta apenas dar asas à imaginação!

sábado, setembro 17, 2005

Tenho dito!


Neste momento, a SIC está a dar, em directo e em exclusivo, a festa do 10º aniversário da revista Caras.
Uau!
Bem, claro que para estar a dizer isto é porque estou a ver. No meu caso, não tenho qualquer problema em ver tal coisa, mais não seja por curiosidade. É sempre engraçado, diverte, entretém...

Agora, o que acaba por destoar e até, quasen sempre, irritar, é que as pessoas que aparecem, que são entrevistadas, falam como se a grande maioria dos portugueses tivesse o mesmo padrão de vida que elas (falo em termos monetários, principalmente). O que não acontece, de todo!
Muito pelo contrário.

Mas ainda enerva mais quando falam como se os portugueses fossem todos um bando de ‘atrasadinhos’ porque não vivem como elas (as pessoas que frequentam estes eventos, entenda-se!) e que, como tal, muitas das vezes não sabem do se que está a falar.

E tenho dito!

Tão complicado!!!


Nunca pensei que fosse tão complicado uma pessoa ‘fazer-se à vida’.
Passo a explicar:
Agora que estou licenciada, ando à procura de um estágio profissional.
Mas enquanto não consigo, estou numa rádio – Maiorca FM – sem receber, e ando à procura de um part-time.
Coisa que nunca pensei que fosse tão difícil! Um part-time?! Bem, por agora parece que as coisas estão encaminhadas... pelo menos durante o próximo mês. Depois vamos a ver.

Claro que o que interessa é uma pessoa não estar parada, não se render às evidências e ser insistente.
Mas depois de algum tempo, acredito que o desânimo tenha mais força.

Não há-de ser nada!
Boa sorte para mim e para todos os que se encontram na mesma situação!!!

Assunto resolvido


A pedido de muitas famílias, agora já qualquer pessoa pode comentar aqui no meu bloguito... já não precisam registar-se propositadamente!

quinta-feira, setembro 08, 2005

"Foi uma tristeza que me entrou de repente"

“A depressão é uma perturbação do humor que não deve ser confundida com sentimentos de alguma tristeza (o «estar em baixo» ou «desmoralizado»), geralmente reactivos a acontecimentos da vida, que passam com o tempo e que, geralmente, não impedem a pessoa de ter uma vida normal.”



“O choro não é a nossa primeira voz?” (pág. 112)
O Fio das Missangas, Mia Couto

Fiz, já, reportagem sobre este tema por saber o que é e por achar que (ainda) é um tabu na nossa sociedade.
As pessoas ñ compreendem!
Como ultrapassar?
Sem dúvida, procurar com quem falar. Mas falar mesmo, sobre o que se sente e ñ se sente, seja a que hora do dia ou da noite for. E por mais que custe: se ñ se tem esse hábito, há que mudar e urgentemente!Além disso, ocupar o dia. É essencial. Fazer de tudo para ñ haver tempo para chorar e para pensar naquilo que não se deve. É difícil. Mas é possível!

“A vida divide-se em duas partes. Dum lado estão as coisas que não dependem de nós, do outro, as que dependem de nós” (pág. 156)
Os Nós e os Laços, António Alçada Baptista

Sei que às vezes é necessário recorrer à medicação, uma vez que se sente que ñ se consegue de outra forma, porque existe o mal-estar físico, porque não se consegue dormir... A minha opinião é que se deve tentar só por si. São drogas muito fortes e que viciam o corpo e, por isso mesmo, pode depois ser muito complicado deixá-las!
O ideal é evitar.
Claro que há diferentes tipos de depressão, porque há diferentes causas.

“ (...) Sou a seta lançada em pleno espaço E tenho de cumprir o meu impulso, (...).” (pág. 24)
Cem Poemas de Sophia, Sophia de Mello Breyner Andresen

Mas a solução é sempre a mesma: bem-estar emocional. Deve ser essa a busca constante! E isso só é possível quando a pessoa gosta de si, acima de tudo. Porque quando isso acontece, quando é garantido, tudo o resto se resolve, com mais ou menos dificuldade.

“Até que certa manhã acordo, noto que estou a pensar em algo diferente e compreendo que o pior já passou. O coração está magoado, mas recupera, e consegue novamente ver a beleza da vida. Isto já aconteceu antes; isto voltará a acontecer, tenho a certeza.” (pág. 26)
O Zahír, Paulo Coelho

Venha quem vier, digam o que disserem, é fundamental que se tenha uma auto-estima bem cuidada, bem cultivada, por nós e por quem nos rodeia. Trabalho que se faz diariamente (de preferência desde sempre), nas mais pequenas coisas da vida, aproveitando os mais pequenos pormenores.É como em tudo!

“Que pensamento ridículo: muitas das pessoas com quem me cruzo têm também a alma em pedaços, e eu não sei porquê ou como estão a sofrer.” (pág. 23)
O Zahír, Paulo Coelho

Para quem está de fora, é tentar apoiar. Ouvindo e confortando!

“(...) o sofrimento nasce quando esperamos que os outros nos amem da maneira que imaginamos e não da maneira como o amor se deve manifestar – livre, sem controlo, guiando-nos com a sua força, impedindo-nos de parar.” (pág. 312)
O Zahír, Paulo Coelho

Porque a vida não espera por nós, há que tentar não desperdiçar o nosso precioso tempo. Senão, pelo menos recuperá-lo o mais rapidamente possível!

"Mais tarde será tarde e já é tarde. O tempo apaga tudo menos esse Longo indelével rasto Que o não-vivido deixa” (pág. 80)
Cem Poemas de Sophia, Sophia de Mello Breyner Andresen


"My world it moves so fast today
The past it seems so far away
And I squeeze it so tight, I can’t breathe
And every time I try to be
What someone has thought of me
So caught up, I wasn’t able to achieve
But deep in my heart the answer it was in me
And I made up my mind to find my own destiny."


The Miseducation Of Lauryn Hill

Maktub



“E quando estas pessoas se cruzam, e os seus olhos se encontram, todo o passado e todo o futuro perdem qualquer importância, e só existe aquele momento, e aquela certeza incrível de que todas as coisas debaixo do Sol foram escritas pela mesma Mão. A Mão que desperta o Amor, e que fez uma alma gémea para cada pessoa que trabalha, descansa e busca tesouros debaixo do Sol. Porque sem isto não haveria qualquer sentido para os sonhos da raça humana.”

O Alquimista, Paulo Coelho


Um dos mais belos excertos que já sublinhei.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Pedro e Inês


História que não deixa ninguém indiferente. De qualquer parte do mundo! E de Portugal, claro! Talvez ainda mais quem for de Coimbra: há sempre aquele orgulho, aquela vaidade de saber que na própria cidade onde se nasceu existiu tamanha história de amor!

Isto porquê?
Porque há algum tempo atrás fui ao Teatro Académico de Gil Vicente ver um bailado de Olga Roriz intitulado, simplesmente, Pedro e Inês, dançado pela Companhia Nacional de Bailado. Escusado será dizer que adorei! Acontece que esse mesmo bailado passou ontem à noite na televisão, a 2:, só que já o apanhei na parte final. Deu para recordar... e deu também para ter pena de ainda não ter conseguido vê-lo novamente, ao vivo. Talvez, em Outubro, vá a Lisboa...

Não conhecia a obra de Olga Roriz, mas nem preciso: este bailado é sem dúvida o melhor que já vi e será difícil que venha a sentir o mesmo por qualquer outro. A principal razão porque penso assim deve-se ao facto de que é uma história poderosa, tão bem contada que se consegue distanciar da simples classificação de bailado contemporâneo, clássico ou seja lá o que for. Far-me-ei entender?! Ballet contemporâneo não é o que prefiro, mais pela carga de teatro que normalmente traz consigo. Agora, se for uma peça muito dançada, já sou capaz de esquecer essa conotação e perceber o enredo da história... e gostar! É precisamente o que acontece neste caso: esqueço completamente que é um bailado contemporâneo, que é de Olga Roriz e mergulho numa das mais famosas histórias de amor de todos os tempos.

Está tão bem conseguido: consegue transmitir, na perfeição (acho!), aquele sentimento puro, imortal e transcendente que, sem dúvida, os uniu!

Parabéns aos bailarinos da Companhia Nacional de Bailado (local que já tive o prazer de visitar, também a trabalho)!

Parabéns Olga Roriz!



Ah! E no meio de tudo isto, desta paixão pelo bailado, deste fascínio pela bela história de amor...

Enquanto estive a estagiar, em Lisboa, tive o privilégio de fazer uma peça sobre esse tema.
A propósito das comemorações à volta da morte de D. Inês, a Biblioteca Nacional fez uma exposição. Na altura, fui falar com a comissária, Maria Leonor Machado de Sousa: pois a Sr.ª estuda a história de Pedro e Inês há mais de dez anos, tendo já livros(s) publicado(s) (que acabei por comprar, embora ainda não tenha lido), e portanto foi para mim um enorme prazer estar, entrevistar e ouvir alguém que tão bem conhece uma parte da nossa história. E que cultura tem a Sr.ª!

sábado, setembro 03, 2005

Surpresa?!


Não percebo o espanto pelo que está a acontecer nos Estados Unidos: infelizmente, catástrofes naturais acontecem; só que, pelos vistos, o facto do alvo dessa catástrofe ser uma superpotência mundial, como os Estados Unidos da América, é que é o motivo da surpresa.

Porquê?

Por acaso, os desastres naturais deveriam ser selectivos?

Ridículo!

Quase que me faz pensar na ideia base que levou à construção do naufragado Titanic: ser inafundável.

É que há um pormenor que (parece-me) estarem a esquecer... A natureza existe!

Agora é que é


Depois de tanta complicação, parece que na próxima semana já saberei (finalmente!) a nota do meu estágio... ‘caminho andado’ para depois pedir o certificado de fim de curso e saber a minha média final. Estou ansiosa!

Bom, o que sei é que agora é que são elas (como se costuma dizer). Chegou a hora de voar por mim mesma: o que tanto pode ser bom como também pode ser menos bom, da maneira como isto anda...
Mas o que sei é que ñ posso ficar parada à espera que alguém venha ter comigo a perguntar-me se quero fazer isto ou aquilo, trabalhar aqui ou ali. Terei de ir à procura daquilo que mais me poderá realizar.

Claro que, às vezes, as coisas nem sempre correm como as idealizamos!

Agora, o que me faz mais confusão é saber que há imensa gente no desemprego. Será que será o meu destino? Espero, sinceramente, que não.
O que sei também, é que continuam a ver-se imensos anúncios de empregos... Até pode não ser a área que a maioria das pessoas procura, mas é alguma coisa! Só que, pelo que me apercebo, as pessoas preferem estar a receber o tão aclamado subsídio de desemprego em vez de trabalharem e sentirem-se activas, mesmo que a fazer uma coisa diferente daquilo a que estão habituadas.

Enfim.

sexta-feira, setembro 02, 2005

Incompreensível


Como é que é possível que, no meio da tragédia que abalou alguns estados dos Estados Unidos da América, haja quem se lembre de andar a pilhar, a roubar... a violar!!!?

Há seres muito baixos. Desumanos!


Eu bem que poderia tentar perceber, mas não consigo.

Recuso-me, até!

O Beijo da Serpente


Este foi o primeiro livro que li da colecção e, portanto, o culpado por eu ter comprado e devorado todos os outros 'volumes'.

"O Bebé adorava fazer perguntas e queria quase sempre saber as mesmas coisas.
- Vocês já tiveram... como é que hei-de dizer? Vocês já tiveram contactos com raparigas. Experiências...
- Esta agora! - queixou-se o Joel, imediatamente.
- E tu, Jorge? - insistiu o Bebé.
- Ai, eu, é quase todos os dias.
- É?... - espantou-se o Bebé. E até o Joel se espantou.
- É!... - confirmou o Jorge, com um ar muito sério. - É quase à segunda, quase à terça, quase à quarta, quase à quinta, quase à sexta, quase ao sábado e quase ao domingo. É quase todos os dias, não é?
O Joel deu uma gargalhada tão alto que as pessoas mais próximas olharam todas para ele. Mas o Bebé não apreciou a piada:
- Oh! Vai-te lixar. E um beijo? Não me digam que também nunca beijaram uma rapariga! É que eu acho que está na altura de beijar a Susana pela primeira vez, e afinal há tantas técnicas que...
- Há assim tantas? - espantou-se o Joel. Depois deu uma palmada amigável nas costas do Bebé e riu-se. - Mas olha, sempre te digo que, se é a primeira vez, tens de ter calma. Ouviste? Nada de precipitações, nem de pressas. Deves inspirar confiança, senão ela fica com medo e acabou-se. E não te preocupes com a técnica, faz como souberes, é sempre bom. Um beijo continua a ser a mais deliciosa maneira que há de transmitir micróbios.
- Quando gostamos delas sabe melhor - disse o Jorge com os olhos a pensar na Jade. - E quando gostamos muito, muito, sabe muito, muito melhor. E quando gostamos muito, muito, muito...
- Já sei - interrompeu o Bebé.
- Então pronto, já sabes tudo. Ah! E não te esqueças de lhe dizer coisas bonitas.
- Coisas bonitas? Mas como é que eu lhe posso dizer coisas bonitas se estou a beijá-la? Falo pelo nariz?
- Exactamente! - disse o Jorge, já a perder a paciência. - E, quando te cansares, beijas com o nariz e falas com a boca, é mais fácil.
- E como é que eu respiro? - insistiu o Bebé.
- Pelo cu. Respiras pelo cu, está bem?O nível da conversa tinha baixado de repente e foi uma sorte ter aparecido a miúda que o Bebé esperava. (...)"



Claro que só se consegue achar piada a este diálogo (deduzo!), tendo lido o livro de início, estando-se, por isso, já familiarizado com as personagens.Mas o sentido de humor é uma constante. :)

Guardado no Coração


Sem dúvida, um dos livros que mais adorei até hoje. A colecção que conseguiu prender-me desde o primeiro 'volume', para mim, muito superior à Uma aventura (que todos liam)...

Triângulo Jota sempre!


"Olho o céu sem fim à espera de ver a mesma estrela que tu vês.
Procuro os viajantes que chegam de toda a parte na esperança de encontrar alguém que tenha cheirado o teu perfume.
Enfrento os ventos à espera que ele me traga uma mensagem tua.
Vagueio pelos caminhos na esperança de ouvir uma canção que fala de ti.

E olho as mulheres que encontro só para descobrir, nos rostos delas, um toque da tua beleza."

"Os anos que foram precisos, as pessoas que tiveram de nascer e morrer antes de nós, só para que os meus lábios pudessem sentir o calor dos teus..."

"Fecha-me os olhos e eu poderei ver-te.
Tapa-me os ouvidos e eu poderei ouvir-te.
Mesmo sem pés poderei alcançar-te.
Mesmo sem boca poderei chamar-te.
Corta-me os braços, adorar-te-ei com o coração e com as mãos.
Trespassa-me o coração, latejará o meu cérebro.
E se incendiares o meu cérebro, mesmo assim levar-te-ei no meu sangue."


quinta-feira, setembro 01, 2005

Incrível...


... como há músicas que parecem ter sido feitas para Nós.

É tão simples!


Que bom que é poder estar com amigos e falar de tudo: desde o que é que se tem feito nos últimos tempos, às (poucas) perspectivas de arranjar o primeiro emprego, passando pela falta de valor que os portugueses têm pela própria cultura, terminando na essência das relações entre pais e filhos.

É bom saber que ainda se pode estar a conversar, simplesmente!

Partilhar valores, convicções, preocupações, dúvidas, experiências, reflexões... Verificar que há pessoas como nós, que pensam e que têm opinião sobre as coisas.
Algo que, às vezes, parece estar posto de lado, no dia-a-dia.

É tão importante conhecermos quem nos rodeia. E há quem passe anos com alguém que, afinal, não conhece de todo!

Basta olhar e ver. E ouvir!

Citações


"Amar a si próprio é o começo de um romance de longa vida".
Oscar Wilde


Porque às vezes são frases assim que nos inspiram...
E porque deveria ser sempre assim.