... são muito poucos aqueles que chegam a conhecer este sentimento e, mais do que isso, a poder vivê-lo.
“Olho para ti de uma maneira que espero que mais ninguém olhe. Não é que tenha sentimentos demasiado egoístas, mas tenho a necessidade de pensar que mais ninguém vê aquilo que eu consigo ver. Quero ser a única a ter este ponto de vista, como uma fotografia premiada ou uma perspectiva especial que mostra toda a beleza escondida de um local. (...) Esta visão é minha e tudo o que eu sei ou sinto cá dentro não é para descrever ou confessar a mais ninguém.
Quanto mais olho para ti, mais descubro que há pormenores que me estão sempre a escapar. Sei as expressões e consigo repeti-las só para mim dependendo do tom com que falas, mas sei que nunca vou saber tudo e isso é bom, reconfortante. Continuo curiosa a tentar descobrir tudo o que não sei. (...) Nada é meu, mas eu sinto que só eu é que sei daqueles pormenores escondidos nestes locais minúsculos. Não vale a pena perguntar o que estou a pensar porque eu não sei responder ao certo. Estou a elaborar uma biblioteca privada sobre ti dentro da minha cabeça, tentar que não me escape nada, não quero esquecer nada... É isto que me faz fundir em ti.”
Miss I
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