terça-feira, abril 04, 2006

Histórias

“(...)Depois acordava e entrava nas manhãs sem chegar a encontrar-se nelas; nem nas tardes invariavelmente enevoadas de fumo de cigarro e de incerteza.
(...)
Chamava, pois, toda a gente para junto de si e o eco das palavras e dos risos amansava-lhe os silêncios. Tudo menos as horas vazias, pensava.
(...)
Havia dias em que se convencia de não ser preciso usar as palavras, mas doía-lhe prescindir do verdadeiro encanto, embora a palavra desassossego lhe estivesse colada às mãos tecedeiras.
(...)

Não há tréguas para quem começa muito cedo a querer descortinar o mundo que está para além do fim da rua.”


Alguém leu a minha alma!

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